quinta-feira, 21 de julho de 2011

Viagem sabática

Uma Viagem diferente...

“I’m on sabbatical.”!! Estou vivendo este momento especial, agradável e delicioso na minha vida...Eu nunca mais serei a mesma...E quero muito compartilhar esta matéria no meu blog. Enjoy!
Castelo Neuschwanstein, na Bavária

“Fugir por um ano” é uma licença poética. A proposta é que você faça um “ano sabático”, dure ele quanto durar. Trata-se de um intervalo na rotina já recomendado por consultores de carreira.  
E Deus, no Monte Sinai, mandou Moisés dizer aos israelitas:”Quando vocês estiverem na terra que estou lhes dando, devem dar à terra um período de repouso, um shabbat para Deus. Durante seis anos vocês devem semear os campos, podar seus parreirais e colher suas safras. Mas o sétimo ano é o shabbat dos shabbats para a terra. É o shabbat de Deus, durante o qual vocês não devem semear os campos nem podar os parreirais” (Levítico 25:1-7). Sim, o conceito “ano sabático” como interrupção da rotina de trabalho vem da Torá, o livro sagrado dos judeus, e está profundamente enraizado na cultura judaico-cristã, que é a base da civilização ocidental. Nesse ano, até as dívidas são perdoadas. Isso guarda relação direta com o fato de Deus ter descansado no sétimo dia depois de criar o mundo e com o shabbat semanal judaico, das 18h de sexta-feira às 18h do sábado, quando nem louça se pode lavar. Essa é a origem. Mas o sabático de que tratamos neste guia não tem nada de religioso. 
  
ORIGEM DO SABÁTICO LEIGO 
“I’m on sabbatical.” Se alguém lhe perguntar o que está fazendo longe de casa, você pode dar essa resposta. Acima da linha do equador, o termo já é bem conhecido. Foi disseminado pelas grandes instituições acadêmicas norte-americanas e européias, que periodicamente dão folga remunerada para seus professores viajarem e se reciclarem, com duração de três meses a um ano. Muitas empresas multinacionais também adotaram essa política como forma de atrair, motivar e reter funcionários. No Brasil, tanto universidades como empresas começam a abraçar a prática do sabático. A Universidade de São Paulo (USP), embora não tenha política formal de sabáticos, concede licenças especiais a seus professores, enquanto a Fundação Dom Cabral e a Fundação Getulio Vargas desenvolveram sistemas de intercâmbio com instituições internacionais, pelos quais enviam seus professores ao exterior. O Grupo Semco é um exemplo de empresa que já institucionalizou o sabático –o programa “Trabalhar e Parar” o remumera com duração de até três anos. Como explicou seu líder, Ricardo Semler, em uma entrevista, a rotatividade de funcionários em todos os setores de atividade está aumentando 0,9% ao ano, o que significa que as pessoas estão fartas de seus empregadores. “É uma abordagem de avestruz ignorar essa tendência.” O funcionalismo público brasileiro sempre teve sabático: é a licença-prêmio dos profissionais de organismos municipais, estaduais e federais com atuação voltada ao atendimento público, que representa até três meses de folga cada cinco anos de trabalho assíduo, desde que o funcionário tenha cumprido suas metas. 
Os milionários brasileiros também sempre fizeram sabáticos – além de irem viajar pela Europa e estudar nos Estados Unidos, exploravam destinos exóticos, como a África ou a Índia. A diferença é que isso agora se tornou acessível à classe média – tanto que viajar longamente como mochileiro deixou de ser algo limitado aos jovens e ganhou charme. E vale não apenas para quem tem emprego. Os “autônomos” – desde os donos dos próprios negócios até estudantes e desempregados – também começam a fazer sabáticos por sua conta e risco. Cada vez mais consultores de carreira indicam sabáticos. 
  
ESSÊNCIA DA VIAGEM 
Por trás da crescente disseminação dos sabáticos estão, além do movimento de globalização econômica, idéias como as do italiano Domenico de Masi, autor de O Futuro do Trabalho, e do norte-americano Malcolm Gladwell, que escreveu Blink. De Masi afirma que o atual sistema de produção precisa do “ócio” das pessoas, pois é no ócio que se cria. Gladwell garante, apoiado em evidências, que as melhores decisões, profissionais e pessoais, tendem a ser as intuitivas –e sabe-se que, quanto mais variadas as experiências de vida, mais afiada a intuição. Pois na essência de uma viagem sabática, diferentemente da turística, estão esses elementos: o ócio que leva a criar e a diversidade de experiências de vida. Mas essa essência também poderia ser resumida em uma única palavra: tempo. “O melhor desse tipo de viagem é o luxo de ter tempo”, diz Aletea .O tempo permite refletir e entender melhor a si mesmo e a humanidade, detectar problemas e achar soluções. 
  
CUSTOS E BENEFÍCIOS 
Por volta do século 8, os portais das instituições educativas da Espanha muçulmana traziam a seguinte inscrição: “O mundo é sustentado por quatro coisas apenas: a sabedoria do sábio, a justiça do grande, a bondade do justo e a coragem do bravo”. É exagero dizer, claro, que são essas quatro coisas – sabedoria, justiça, bondade e coragem– os maiores benefícios de uma viagem sabática, mas o potencial de aquisições de um sabático é realmente esse, pois trata-se dos frutos do aprendizado. Todos os viajantes melhoram nos quatro quesitos, só que em diferentes medidas. Para avaliar a questão do ponto de vista prático, tenha em mente: 
Custos. Na decisão de uma viagem longa, há primeiramente o óbvio custo em dinheiro –e muitos viajantes chegam a se desfazer de patrimônio para financiar um sabático, o que torna o custo maior. Também existe o custo emocional de gerar conflitos na família e no trabalho. 
O custo representado pelos riscos que se correm não é nada desprezível. Se você abre mão de um bom emprego nesta era do desemprego estrutural, pode perder seu lugar no mercado de trabalho. Mesmo que mantenha vínculo empregatício, verá seu cargo ocupado por alguém e não sabe que espaço terá na volta. 
Você também corre o risco de se endividar por causa da viagem e, assim, demorar para viabilizar, por exemplo, o sonho da casa própria. E há os riscos a que se está sujeito durante a viagem, além da saudade: de ficar doente, de ser vítima de violência, de alguém querido morrer enquanto você está longe, de perdermos intimidade com familiares e amigos (você deixará de participar de momentos importantes) etc. 
Benefícios. Quase todos os viajantes entrevistados neste guia relataram como principais vantagens da viagem o desprendimento ou a sensação de liberdade que sentiram ao conseguir viver quase sem bens materiais. 
A auto-suficiência e a flexibilidade para se virar em qualquer situação –o que produz autoconfiança– também foram bastante citadas, assim como a tolerância ao outro, que faz bem não só ao outro, mas à gente também. Mas um dos principais benefícios é, sem dúvida, maior autoconhecimento. Desde as autoridades em psicologia e os especialistas em gestão de carreira até os livros de auto-ajuda e místicos, todos concordam que o caminho da felicidade possível passa pelo autoconhecimento –e por saber impor seu jeito ao mundo fazendo- se respeitar, algo que tem sido chamado de “atitude”. Amizades e amores adquiridos nas viagens são ganhos inquestionáveis –pode ser até um amor de toda a vida, como aconteceu com Simone. 
Entre os benefícios freqüentemente citados aparecem ainda maior iniciativa, maior capacidade de assimilação e aprendizado, mais habilidade para relacionar- se, maior repertório de informações –a conversa com um viajante sabático nunca morre– e até ganho de beleza e saúde. Vários viajantes relataram perda de peso e aumento de disposição pelo fato de caminharem bastante. 
Somos ensinados desde cedo que sair de casa é perigoso. O lobo mau perseguiu Chapeuzinho Vermelho fora de casa. A bruxa pegou João e Maria fora de casa. A Branca de Neve só ficou segura quando encontrou outra casa, a dos sete anões –e, se não tivesse sido seduzida pela maçã de uma estranha, continuaria segura. Na Odisséia, Ulisses sofre muito na viagem para Ítaca e faz sofrer a mulher e o filho. O fato é que viagem significa transformação, algo que sempre foi malvisto na sociedade. Mas, não fossem os viajantes dados à mudança, como os vikings, os navegantes europeus como Marco Polo e Cristóvão Colombo, teríamos expandido as fronteiras da humanidade? A viagem sabática visa também expandir fronteiras –as de cada um. E inclui custos e benefícios. Lembre que o João do Pé de Feijão, que “viajou” até as nuvens, resolveu o problema financeiro da família para sempre com a galinha dos ovos de ouro. 
TIPOS DE VIAGEM 
Ouvimos falar de um milionário paulistano que, na década de 1950, fazia sabáticos em seu quarto –trancava-se por três meses, alimentava-se da água e comida que deixavam à sua porta e, quando saía, tinha aprendido algo novo, como, por exemplo, tocar violino. Isso era visto como uma extravagância pela sociedade, mas talvez fosse uma necessidade. Era um sabático sob medida para ele. Não existe sabático melhor ou pior; apenas deve ter a cara de quem o faz. O que há são tipos de sabáticos: 
• Viagem motorizada por diversos países e regiões. 
• Viagem a pé ou de bicicleta por uma mesma região. 
• Estudo em lugar fixo –em geral, um curso de reciclagem profissional, de pós-graduação ou de idioma. 
• Combinação de viagem e estudo. 
• Combinação de viagem e trabalho (distinto do habitual). 
• Ficar em casa (na própria ou na de terceiros) sem trabalhar, com uma rotina bem diferente, que pode ter uma nova atividade –tocar violão, pescar. Ou uma série de viagens curtas. 
  
AUTO-ANÁLISE 
Alguns sabáticos são definidos por acaso –a pessoa faz uma viagem de férias para um lugar, adora e decide estender a experiência. Mas os relatos de viajantes apresentados e as sete perguntas a seguir podem ajudar você a desenhar seu ano sabático: 
1. Quando fazer? Há uma crença generalizada de que só se pode fazer sabático quando se tem pouco ou nada a perder e não se é responsável por outras pessoas. Isso não é verdade: quem tem muito a perder também faz viagens assim. No livro Sabático – Um Tempo para Crescer, Herbert Steinberg, executivo de recursos humanos e hoje consultor de governança corporativa, que fez um sabático, escreve que “sair em sabático” pode ser ótimo, por exemplo, para profissionais em crise, como um “roqueiro com crise de repertório” ou um “publicitário que não consegue criar”. “Pode ser um meio de pavimentar o próximo estágio de criação, sem pressão.” Os gatilhos do sabático podem ser fatos negativos ou positivos, como um rompimento amoroso ou o nascimento de um filho –como vemos no relato de Sandra e Lucas, que viajaram também por causa de Clara. Cansaço apenas não é gatilho. E a idade não tem relevância na decisão; só demanda adaptações. 
2. Por quê? É uma boa idéia dividir essa questão em duas, com você fazendo seu próprio advogado do diabo: “Por que sim?” e “Por que não?”. Volte ao texto sobre custos e benefícios do sabático e veja como você se enquadra nisso. Não deixe de pensar no custo de oportunidade, ou seja, o custo de não fazer o sabático e perder as oportunidades que poderiam surgir com ele. 
3. Para quê? Você vai fazer esse sabático para começar de novo? Para se reciclar? Para conseguir um diploma que lhe dará visibilidade profissional? Para escrever um livro? Para emagrecer? Para namorar muito? Conhecer as raízes familiares, por exemplo, ajuda a se sentir “encaixado” no mundo e diminui a ansiedade. É preciso ter objetivos bem definidos e autoconhecimento. 
4. Como fazer? Essa pergunta tem a ver tanto com o financiamento da viagem como com o modo de se desligar de sua vida atual. É preciso chegar ao melhor acordo possível com seus interlocutores. Por exemplo, sua empresa talvez aceite continuar pagando seu plano de saúde. 
5. Onde fazer? É essencial uma dose de autoconhecimento nessa hora. De modo geral, o lugar certo costuma ser o que oferece tanto coisas que esperamos (nossas referências) como coisas que não esperamos (as surpresas de viagem). Você precisa analisar se: prefere ambientes urbanos, rurais ou selvagens; se tende mais ao Ocidente ou ao Oriente; se a viagem será mais exterior ou interior; se está à procura de mais confortos ou desafios. Os mais ideológicos podem sentir-se mal em fazer um sabático “burguês” diante dos problemas do mundo. Então, podem fazer um sabático de trabalho voluntário. Ir a lugares pobres, onde seu dinheiro faz muita diferença para a vida das pessoas, é outra opção, como diz Antonio Lino, que já atravessou o sertão baiano a pé, entre Cícero e Euclides da Cunha. “E o fato de eu, paulistano, querer conhecer aquele fim de mundo melhorou a auto-estima das pessoas.” 
6. Com quem? A relação entre companheiros de viagem é quase de amor ou ódio; por isso, escolha muito bem sua companhia. Viajar sozinho diminui a segurança, mas facilita conhecer pessoas e desenvolver a auto-suficiência. A decisão depende da sua personalidade: Flora sentiu falta de ter alguém com quem dividir o que viu; Alessandra adorou viajar sozinha. 
7. Por quanto tempo? Defina o tempo a partir do dinheiro disponível ou faça o dinheiro se adequar ao tempo desejado. Mas menos de três meses é pouco. 
A DECISÃO É SUA 
No livro Sabático, Steinberg escreve que o obstáculo mais comum à prática não costuma ser a falta de suporte financeiro, mas o medo de mudar a estrutura de vida. Se esse é seu caso, pergunte-se: você não teme também manter a mesma vida? O medo pode nos mover tanto quanto a coragem. Em A Obra ao Negro, Marguerite Yourcenar formula outra pergunta:“Quem pode haver tão insensato que se deixe morrer sem ter dado pelo menos uma volta à sua prisão?” Em resumo, naquela lista chinesa de ações que nos tornam um ser completo –“plantar uma árvore, escrever um livro, ter um filho”–, vale acrescentar “fazer pelo menos uma viagem sabática”. Esperamos que nosso guia lhe sirva de estímulo. O perigo é você não se contentar com uma. 
>>O Momento Certo: 
• Momentos de ruptura em geral são propícios para sabáticos: fim de faculdade, fim de relacionamento, demissão (imposta ou auto-imposta), venda de negócio próprio, doenças, morte. Neles questiona-se a vida; quer-se começar de novo. 
• Momentos que antecedem decisões importantes convidam a sabáticos: antes de escolher uma faculdade, antes de se casar ou iniciar a vida a dois, antes de montar casa, antes de ter filhos, antes de se aposentar. 
• Momentos de insatisfação com a vida atual –com o(a) parceiro(a), com a família, com o estudo ou trabalho, com o próprio corpo, com a monotonia– são muito indicados para sabáticos. As viagens possibilitam mudar o estado das coisas de modo elegante e (quase) sem conflitos. 
>>Expectativas: 
“Quero ter mais experiências de vida. E estou num momento em que não tenho nada a perder.” Antonio Lino, publicitário de formação, músico amador e até então funcionário de uma organização não-governamental, com 27 anos de idade, estava se preparando para seu sabático em agosto de 2006. Ele havia acabado de comprar a Kombi que transformaria num “motorhome improvisado” para viajar pelo Brasil. “A Kombi é uma transição; quero ir me desprendendo até ficar a pé.”  
Sua viagem estava planejada de acordo com o calendário de festas populares (sua paixão) e sua árvore genealógica (conheceria parentes no interior paulista e mineiro). Até o final de 2006, teria rodado por São Paulo, Goiás, Minas Gerais e Espírito Santo. No início de 2007, estaria no Nordeste –em Pernambuco, no Carnaval– e depois atravessaria a Amazônia rumo ao Peru. Os destinos seguintes seriam América Latina, Ásia e África. “Sei que vou entrar em roubadas, mas quero viver isso, pelo aprendizado; sempre estive cercado de gente legal, sempre fui poupado. Também quero pegar na enxada, na roça.” Lino conclui: “Sei que um dia numa viagem desse tipo pode valer mais que a vida de muita gente”.  
  
>>Sonho E Realidade 
Glauco Ribeiro, empresário do setor de informática e historiador amador, viajou em busca de um sonho antigo em julho de 2005, aos 39 anos de idade, com o amigo de faculdade Newton Molon. Desde criança Glauco é apaixonado por tudo que envolve a Segunda Guerra Mundial. Então, foi visitar o Museu Imperial de Guerra, em Londres, Inglaterra, e assistir, em Moscou e São Petersburgo, às comemorações de 60 anos do término da “Guerra Patriótica”, nome dado à expulsão dos nazistas da Rússia em 1945. A experiência de Londres foi um sonho tornado realidade, mas a da Rússia…. “Confesso que chegamos com algumas idéias românticas com relação ao regime socialista, no sentido de criar pessoas mais solidárias. E o que vimos foi rigorosamente o contrário: um país quebrado onde as pessoas lutam diariamente pela sobrevivência; não é um terreno muito fértil para solidariedade ou simpatia. Tanto que, no aeroporto, distribui-se um papel dizendo ‘não espere sorrisos do povo russo’.” Mas o choque de realidade também valeu a pena, garante Glauco. “Eu queria mesmo entender melhor o povo russo; queria achar o que explicasse por que morreram perto de 20 milhões de russos durante a Segunda Guerra, enquanto, entre os alemães, que brigaram com o mundo inteiro, morreram ‘só’ 6 milhões. Não pode ser apenas uma circunstância histórica, nem se pode creditar isso ao comunismo, pois há uma tradição de autoritarismo e violência política na Rússia que vem desde os tempos do czarismo ou até antes.” Glauco entendeu melhor. Mas, no meio da viagem, ele decidiu voltar para o Brasil. “A saudade bateu muito forte, e não me arrependo.” É que ele está “com raiz plantada”; ela tem 4 anos e se chama Fábia –é sua filha. Como Glauco aprendeu, de agora em diante, os sonhos de viagem, para serem realistas, devem incluir Fábia. 

>> Negociação  
Interromper estudos é fácil –basta trancar matrícula–, mas dar um tempo no trabalho exige uma negociação que deve começar pelo menos um ano antes. Se sua empresa não tiver uma política de sabáticos, dificilmente você conseguirá a licença remunerada. Nesse caso, lute por ajuda de custo (um patrocínio) ou manutenção do plano de saúde, mas só se quiser mesmo voltar a trabalhar lá. Se tiver dúvidas, o melhor é propor manter o vínculo empregatício sem vencimentos –a lei permite que qualquer empresa faça isso. Como moeda de troca, você pode se dispor a fazer alguma atividade para a empresa quando estiver em viagem (prospectar clientes ou fornecedores) ou acumular férias e contabilizar horas extras durante três anos para sair. Pode ainda assinar um contrato entre partes garantindo tempo mínimo de permanência na empresa ao retornar. Prepare-se para treinar um substituto para sua função. 
E tente já saber o que fará se ouvir um “não”: vai desistir da viagem ou se desligará da empresa? Se a opção for a segunda, peça para ser demitido e saque o FGTS.  
  >> Know-How 
  • O sabático é uma ação preventiva de qualidade de vida. É não deixar o copo encher tanto que transborde.
  • Quanto menor o tempo de viagem, mais radical ela deve ser, para promover ruptura.
  • Radical não é só ir para a África. Pode ser viajar, pela Europa, a pé ou de bike.
  • Uma viagem como essa sempre é uma odisséia interior. Você nunca mais será o mesmo.
  • É preciso saber ir, mas também é preciso saber voltar. Às vezes, retomar a rotina é bem difícil; prepare-se para a transição.


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